sábado, 13 de novembro de 2010

Participe desse espaço!

Caros colegas professores,


A idéia desse blog é ser um espaço aberto, onde todos possam compartilhar dúvidas e informações sobre como anda a rotina de nossas escolas municipais.

Tem andado meio parado o movimento, até pela correria de vida de professor nessa época de segundo semestre, mas o nosso blog está de pé!

Para quem quiser postar é só entrar na página e clicar em login (no canto superior direito) e colocar as informações:

e-mail: professoresmunicipiodorj@gmail.com
senha: professores

E aí é só postar suas notícias, informes e questões.

Vamos participar!!!!
Criar espaços onde possamos compartilhar informações sobre o que vem ocorrendo na rede municipa é fundamental pra gente se organizar.

SOS: precisamos de orientadores eduacionais!!!

Oi pessoal, segue mensagem de nossa colega Neusa, professora do municipio do RJ:

"O que não concordo é com a total alienação do Município, em relação as profissionais de pedagogia, capacitados, através de formação acadêmica.
Foi extinta a função de Orientador Educacional, que desafogava a Direção e Secretaria da Secretaria da UE e acompanhavam, brilhantemente o desenvolvimento educacional e muita das vezes o comportamental também dos alunos.

Hoje o coordenador pedagógico é um professor escolhido de sala de aula, que não teve capacitação nenhuma e a maioria não tem formação acadêmica e que tem como funções acompanhar aluno, professor, ir para turma, se faltar professor, enfim um faz tudo. E o que se vê?

O nível escolar, caindo estarrecedoramente apesar de a maioria tentar dar o melhor de si. O mínimo que eles mereciam era uma capacitação, numa Universidade.

Vamos lutar professores, para o retorno dos orientadores educacionais, dos supervisores pedagógicos com aformação acadêmica, ou no mínimo com uma capacitação adequada, para os colegas que estão na função de Coordenador Pedagógica".

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

ATO - ALUNO WESLEY: PRESENTE!

O Comitê-Rio da Campanha Nacional pelo Direito à Educação está co-organizando o ato em homenagem à vida do estudante Wesley de Andrade, de 11 anos, que foi assassinado dentro de uma sala de aula em um CIEP em Costa Barros, subúrbio do Rio, em julho.

Os demais organizadores do evento são o SEPE-RJ (Sindicato Estadual de Profissionais da Educação do Rio de Janeiro) e outras organizações de direitos humanos (como o IDDH e a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência).

Será no dia 16/08/2010 (esta segunda-feira), das 16h às 18h, em frente à Central do Brasil. Quem quiser participar da organização, compareça na última reunião, nesta segunda no SEPE, às 11h: Rua Evaristo da Veiga, 55, 8º andar, Centro (próximo à Cinelândia).  Tod@s estão convidad@s!

Paralisação da rede municipal do Rio de Janeiro

Em assembléia do SEPE foi votada a paralisação dos profissionais de educação no dia 26 de agosto, com ato na Câmara de Vereadores as 13 horas,quando entregaremos um documento em conjunto com 15 associações representativas de servidores municipais, contra o projeto de retirada da integralidade do aposentado, por 22% de reajuste e contra a política meritocrática de Paes (14º, provões etc).

Que tal todos nós, professores e cidadãos do Rio incluirmos outras questões nesta pauta, como o fechamento das bibliotecas escolares, a tentativa de exterminar os centros de estudo, o dilaceramento da multirio, a morte do menino Wesley, a contratação das merendeiras que foram aprovadas em concurso, entre outras questões que não passam apenas pela questão salarial - sempre prioritária para o SEPE?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ênfase em responsabilização de professor é danosa para a educação

Diane Ravitch, ex-secretária-adjunta de Educação dos EUA e uma das principais defensoras da reforma educacional americana - baseada em metas, testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho do aluno e fechamento de escolas mal avaliadas - mudou de ideia.


Após 20 anos defendendo um modelo que serviu de inspiração para outros países, entre eles o Brasil, Diane Ravitch diz que, em vez de melhorar a educação, o sistema em vigor nos Estados Unidos está formando apenas alunos treinados para fazer uma avaliação.

Suas revisão de conceitos foi apresentada no livro The Death and Life of the Great American School System (a morte e a vida do grande sistema escolar americano), lançado no mês passado nos EUA. O livro, sem previsão de edição no Brasil, tem provocado intensos debates entre especialistas e gestores americanos. Leia entrevista concedida por Diane ao jornal Estado de São Paulo, publicada em 02 de agosto de 2010.

Por que a senhora mudou de ideia sobre a reforma educacional americana?
Eu apoiei as avaliações, o sistema de accountability (responsabilização de professores e gestores pelo desempenho dos estudantes) e o programa de escolha por muitos anos, mas as evidências acumuladas nesse período sobre os efeitos de todas essas políticas me fizeram repensar. Não podia mais continuar apoiando essas abordagens. O ensino não melhorou e identificamos apenas muitas fraudes no processo.

Em sua opinião, o que deu errado com os programas No Child Left Behind e Accountability?
O No Child Left Behind não funcionou por muitos motivos. Primeiro, porque ele estabeleceu um objetivo utópico de ter 100% dos estudantes com proficiência até 2014. Qualquer professor poderia dizer que isso não aconteceria - e não aconteceu. Segundo, os Estados acabaram diminuindo suas exigências e rebaixando seus padrões para tentar atingir esse objetivo utópico. O terceiro ponto é que escolas estão sendo fechadas porque não atingiram a meta. Então, a legislação estava errada, porque apostou numa estratégia de avaliações e responsabilização, que levou a alguns tipos de trapaças, manobras para driblar o sistema e outros tipos de esforços duvidosos para alcançar um objetivo que jamais seria atingido. Isso também levou a uma redução do currículo, associado a recompensas e punições em avaliações de habilidades básicas em leitura e matemática. No fim, essa mistura resultou numa lei ruim, porque pune escolas, diretores e professores que não atingem as pontuações mínimas.

Qual é o papel das avaliações na educação? Em que elas contribuem? Quais são as limitações?
Avaliações padronizadas dão uma fotografia instantânea do desempenho. Elas são úteis como informação, mas não devem ser usadas para recompensas e punições, porque, quando as metas são altas, educadores vão encontrar um jeito de aumentar artificialmente as pontuações. Muitos vão passar horas preparando seus alunos para responderem a esses testes, e os alunos não vão aprender os conteúdos exigidos nas disciplinas, eles vão apenas aprender a fazer essas avaliações. Testes devem ser usados com sabedoria, apenas para dar um retrato da educação, para dar uma informação. Qualquer medição fica corrompida quando se envolve outras coisas num teste.

Na sua avaliação, professores também devem ser avaliados?
Professores devem ser testados quando ingressam na carreira, para o gestor saber se ele tem as habilidades e os conhecimentos necessários para ensinar o que deverá ensinar. Eles também devem ser periodicamente avaliados por seus supervisores para garantir que estão fazendo seu trabalho.

E o que ajudaria a melhorar a qualidade dos professores?
Isso depende do tipo de professor. Escolas precisam de administradores experientes, que sejam professores também, mais qualificados. Esses profissionais devem ajudar professores com mais dificuldades.

Com base nos resultados da política educacional americana, o que realmente ajuda a melhorar a educação?
As melhores escolas têm alunos que nasceram em famílias que apoiam e estimulam a educação. Isso já ajuda muito a escola e o estudante. Toda escola precisa de um currículo muito sólido, bastante definido, em todas as disciplinas ensinadas, leitura, matemática, ciências, história, artes. Sem essa ênfase em um currículo básico e bem estruturado, todo o resto vai se resumir a desenvolver habilidades para realizar testes. Qualquer ênfase exagerada em processos de responsabilização é danosa para a educação. Isso leva apenas a um esforço grande em ensinar a responder testes, a diminuir as exigências e outras maneiras de melhorar a nota dos estudantes sem, necessariamente, melhorar a educação.

O que se pode aprender da reforma educacional americana?
A reforma americana continua na direção errada. A administração do presidente Obama continua aceitando a abordagem punitiva que começamos no governo Bush. Privatizações de escolas afetam negativamente o sistema público de ensino, com poucos avanços de maneira geral. E a responsabilização dos professores está sendo usada de maneira a destruí-los.

Quais são os conceitos que devem ser mantidos e quais devem ser revistos?
A lição mais importante que podemos tirar do que foi feito nos Estados Unidos é que o foco deve ser sempre em melhorar a educação e não simplesmente aumentar as pontuações nas provas de avaliação. Ficou claro para nós que elas não são necessariamente a mesma coisa. Precisamos de jovens que estudaram história, ciência, geografia, matemática, leitura, mas o que estamos formando é uma geração que aprendeu a responder testes de múltipla escolha. Para ter uma boa educação, precisamos saber o que é uma boa educação. E é muito mais que saber fazer uma prova. Precisamos nos preocupar com as necessidades dos estudantes, para que eles aproveitem a educação.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Diretores e professores: indignados e presentes!

Esse espaço foi feito para termos a possibilidade de divulgar o que tem sido o nosso dia-a-dia nas escolas municipais do Rio de Janeiro, sem sofrer punições ou retaliações.

Se quiser divulgar alguma notícia vivida por você ou por nossos colegas da rede municipal do Rio, escreva para: professoresmunicipiodorj@gmail.com

Seu nome não será divulgado e você fará um grande serviço para todos nós: informar o que de fato anda acontecendo no cotidiano de nossas escolas municipais.

A informação é o primeiro passo para a mobilização social.
A realidade não é inalterável, como já dizia o nosso querido Paulo Freire.

MultiRio: onde anda você?

Alguém tem notícia da Multirio?

Como um projeto educativo premiado internacionalmente, referência positiva para as nossas escolas municipais, desaparece dessa forma?

Por favor, envie noticias dessa empresa pública!

Claudia Costin presta contas do que não fez para Promotora Pública

Na tarde desta terça-feira, a Secretária Municipal de Educação do Rio - por meio de um de seus mais jovens assessores  - precisou explicar três perguntas fundamentais à Promotoria Pública:

  • Quando irá atender as 15 mil crianças que ainda estão fora das creches?
  • Quando irá contratar os professores de educação infantil para as creches, já que é proibido por Lei ter creches apenas com auxiliares.
  • Quando irá convocar as centenas de merendeiras aprovadas em concurso, para preencher as vagas nas escolas municipais?
O jovem assessor – que, de tão perdido, parecia ter chegado de São Paulo na véspera – respondeu a última pergunta com muita sapiência: “iremos contratar merendeiras via organizações sociais!”

Esperto, não?
Em lugar de convocar profissionais aprovadas em concurso público, a solução da SME é terceirizar via organizações sociais...

O jovenzinho aprendeu direitinho sua lição: o melhor amigo da nossa atual administradora pública é a OS que fragiliza direitos trabalhistas!

Mas foi muito bom ver a excelente Dra. Bianca chamar atenção do aprendiz: "Essa é a casa da Lei e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação exige que a Prefeitura atenda e respeite os direitos a criança".

A Prefeitura do Rio terá que ampliar vagas para atender as crianças que estão fora das creches, contratar professores para atuarem junto aos auxiliares e, claro, convocar as merendeiras concursadas há mais de dois anos.

Obrigada, Dra. Bianca.
Bom saber que ainda podemos contar com a seriedade da Justiça Brasileira.

Estudantes irão receber R$2500,00 para dar aulas na rede municipal

É inacreditável a falta de respeito com que professores da rede pública da cidade do Rio de Janeiro são tratados...

Um programa vai selecionar os melhores alunos das melhores universidades para dar aula em escolas públicas por meio de uma organização não-governamental  - mais uma das "parceira$" da Costin - a estadunidense Teach for America.

Pelo programa, jovens professores recém formados serão selecionados e treinados para resolver de vez todos os problemas da educação no município do Rio de Janeiro - e por quê?

Porque eles não são concursados, por isso são melhores!
Está escrito na reportagem da revista Época:

"Parte do segredo do sucesso desses professores é a seleção rigorosa dos candidatos, muito diferente dos concursos públicos, que falham ao medir conhecimento e habilidades práticas. Será assim também no Brasil. Quem quiser participar terá de apresentar seu currículo escolar, uma carta de recomendação e fazer uma prova escrita. Se passar dessa etapa, enfrentará dinâmicas de grupo, entrevistas e terá de planejar e apresentar uma aula."

E eles irão receber R$ 2.500,00...
Duas vezes o valor inicial do concursado da mesma prefeitura.

Para ler a notícia: http://revistaepoca.globo.com/

A educação é um direito, não mercadoria.
Mas tem muitas organizações ganhando milhões com ela.

Rio, cidade de leitores sem bibliotecas escolares

Alguém pode explicar como a Claudia Costin pretende fazer o Rio uma “cidade de leitores”, fechando bibliotecas e salas de leituras escolares?

Várias escolas foram vítimas de mais essa incoerência da nossa SME.

Se você teve a sala de leitura de sua escola fechada, conte pra gente o que aconteceu: professoresmunicipiodorj@gmail.com

Seu nome não será divulgado e você fará um grande serviço para todos nós: informar o que de fato anda acontecendo no cotidiano de nossas escolas municipais.