É inacreditável a falta de respeito com que professores da rede pública da cidade do Rio de Janeiro são tratados...
Um programa vai selecionar os melhores alunos das melhores universidades para dar aula em escolas públicas por meio de uma organização não-governamental - mais uma das "parceira$" da Costin - a estadunidense Teach for America.
Pelo programa, jovens professores recém formados serão selecionados e treinados para resolver de vez todos os problemas da educação no município do Rio de Janeiro - e por quê?
Porque eles não são concursados, por isso são melhores!
Está escrito na reportagem da revista Época:
"Parte do segredo do sucesso desses professores é a seleção rigorosa dos candidatos, muito diferente dos concursos públicos, que falham ao medir conhecimento e habilidades práticas. Será assim também no Brasil. Quem quiser participar terá de apresentar seu currículo escolar, uma carta de recomendação e fazer uma prova escrita. Se passar dessa etapa, enfrentará dinâmicas de grupo, entrevistas e terá de planejar e apresentar uma aula."
E eles irão receber R$ 2.500,00...
Duas vezes o valor inicial do concursado da mesma prefeitura.
Para ler a notícia: http://revistaepoca.globo.com/
A educação é um direito, não mercadoria.
Mas tem muitas organizações ganhando milhões com ela.
NEM PRECISO ENTENDER... OS "FIGURINHAS" SÃO BONS, PORÉM SERÃO TREINADOS E GANHARÃO O DOBRO DE QUEM JÁ ESTÁ NA LABUTA(???) AGORA ENTENDI!!!
ResponderExcluirEM TEMPO: HÁ UMA MATÉRIA NA REVISTA VEJA DE 03 DE AGOSTO DE 2005 QUE GARANTE QUE "OS ALUNOS DOS PROFESSORES QUE FIZERAM CURSOS DE CAPACITAÇÃO, ABUNDANTEMENTE OFERECIDOS PELO PAÍS AFORA, NÃO TÊM NOTAS MELHORES. SERÃO INÚTEIS TAIS CURSOS???
Desejo parabenizar pela iniciativa. Fico imaginando a "magia" que os "contratados" fariam. Temos salas com 45 ou mais alunos. Convivemos com o bullying. Pixações e inseguranças. Espero que os professores da rede se posicionem e lutem por seus direitos! A qualidade virá com melhores condições de trabalho.
ResponderExcluirOi, estava pesquisando sobre o Ensina! e o Teach for All no Brasil e acabei descobrindo o blog de vocês. Antes de tudo, parabéns pela tuta, que deveria ser de todos os brasileiros.
ResponderExcluirLendo o post acima, percebi que algumas informações podem gerar dúvida. Olha só:
a. Segundo o site www.ensina.org.br, os 2500 que os agentes do programa Ensina! vão receber correspondem a 40h de trabalho semanais, que compreendem reforço escolar, reuniões de planejamento e trabalho de escritório. portanto, fica im possível comparar com o salário inicial da rede, pago para 16h.
b. No site do programa Ensina! não há qualquer crítica a concursos públicos! Pelo contrário, fala-se da valorização dos professores que já estão na luta! Vai ver a Época escreveu a partir da interpretação do jornalista.
c. Por fim, o programa que chega ao Brasil é o Ensina!, feito por e para os brasileiros! O que vem de fora são apenas algumas técnicas de manejo de classe (que me pareceram bem interessantes). A pedagogia continua sendo predominantemente nossa.
Por fim, sou educador popular e muito zeloso com nossas escolas. Mas me parece que, desta vez, esta é uma ajuda valiosa pra quem está lutando dentro de sala de aula.
Saudações,
Fabio
Querido Fábio, contextualize sua análise. Os projetos encaminhados por essa gestão despreza a pedagogia, as discussões conceituais. Métodos percebidos isoladamente podem parecer interessantes, no entanto não passam por um olhar mais atento e contextualizado. O que representaria isso no contexto em que estamos imersos? Qual a política de educação que essa gestão propõem? O que temos visto? Nossa Rede transformou-se num grande mercado. Observe o Ensina sob essa perspectiva.
ResponderExcluirQuando vc afirma que a pedagogia é predominantemente nossa eu fico furioso. Nossa tradição educacional aponta para outros horizontes. Veja Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Gadotti, Frigoto, Celso Vasconcelos e tantos outros. Estude os teóricos Piaget, Vygotsky, Baktin, Wallon. Leia as publicações das Faculdades de Campinas, da UFF, da PUC RJ...observe a distância disso tudo.
Esperando contribuir com mais reflexoões.
Henrique